Por dentro da Açotubo: veja como funciona a unidade de inox

05/05/2022 | Eventos e Parcerias

Dando continuidade à série “Por dentro da Açotubo”, neste segundo conteúdo, os gestores da unidade de aço inox – o Supervisor de Produção, Vanderlei Martins, que está há dez anos na empresa, e o Supervisor de Planejamento de Controle de Produção (PCP), Ricardo Macedo da Silva, com sete anos na Açotubo – destacam a rotina de trabalho do setor e a dinâmica dos profissionais, visando sempre o atendimento eficiente e a pontualidade, de acordo com as necessidades dos clientes.

Assim como na unidade de aço carbono, a unidade de inox conta com um profissional para gerenciamento industrial e outro para a área de PCP. Veja mais na conversa reproduzida abaixo:

  1. O setor produtivo é um dos motores do Grupo Açotubo. Como funciona a unidade de inox?

Ricardo: O PCP não foge muito do que é feito na unidade carbono. Recebemos os pedidos da equipe comercial, após a aprovação e liberação do crédito. Contamos com o sistema IFS (software de gestão empresarial), que é uma tela de planejamento de produção, onde chegam os pedidos. Organizamos, então, a programação, considerando a data de entrada do pedido e priorizando a data de entrega. Em seguida, encaminhamos para o setor de produção.  

Vanderlei: O pedido do PCP, primeiramente, chega na bancada das máquinas, e de acordo com a organização do PCP, iniciamos os procedimentos operacionais conforme solicitado, como, por exemplo, o corte de chapas de 2, 3 ou 4 metros, conforme a necessidade do cliente. Sobre o processo, da bancada da máquina o material vai para o coletor da ponte rolante, que avalia a necessidade da máquina e o peso do pedido. Em seguida, pegamos a bobina, validamos e direcionamos para a máquina cortar o pedido.

Estou falando de manufatura, que é aquele pedido que necessita de operação industrial. Logicamente, que temos também pedidos que são vendidos diretos, em que fazemos a separação do material.   

Aqui fazemos escovação, dependendo do pedido do material, e atendemos muitas empresas de elevadores. É comum nos elevadores ter produtos em inox da Açotubo.

  • A unidade de aço inox é integrada a outro setor produtivo da empresa?

Vanderlei: As estruturas das unidades são todas segregadas, até porque alguns materiais não podem ter contato para evitar contaminação. Por isso, a área de inox tem sua estrutura, seus motoristas, sua área comercial. Sem contar que o trabalho com inox é diferente, porque é um material mais delicado e sensível que o carbono, por exemplo.

  • Os pedidos que chegam ao setor contam com os serviços de parceiros?

Vanderlei: Eventualmente, os pedidos da unidade têm serviço externo, então o PCP já considera isso na organização produção, para que o material saia da empresa, seja feito o serviço fora, volte e o faturamento seja feito para o cliente final.

Ricardo: Nos casos em que temos um beneficiamento externo, temos duas manufaturas: a nossa, referente aos procedimentos internos, e a dos parceiros, quando envolvidos em alguma operação. Então, respeitamos dois lead times (prazos). Quando o programador faz a organização, os pedidos com beneficiamento externos são priorizados para que a gente consiga atender o quanto antes o cliente por conta dos lead times interno e externo.  

Vanderlei: Importante mencionar que quando o serviço vai para o beneficiamento, ele não segue diretamente para o cliente depois. Ele retorna para nossa empresa para passar um processo de inspeção e só depois é entregue. A inspeção é feita pelo setor de qualidade da empresa.

  • Atualmente, a unidade de inox conta com quantos colaboradores?

Ricardo: Contando comigo, são seis pessoas atuando no PCP. Menciono que temos dois clientes internos: o comercial e a produção. Então a gente faz a conexão, a ligação entre os dois setores para que o pedido seja trabalhado de maneira tranquila na empresa e tudo ande conforme a demanda.

Vanderlei: O meu setor tem 63 colaboradores em dois turnos. O primeiro das 7h30 às 17h30 e o segundo das 21h às 5h45, que possui capacidade reduzida, em torno de oito pessoas, sendo que duas ficam na arrumação e abastecimento dos materiais recebidos dos containers, para o armazenamento dos tubos nas prateleiras, para que os profissionais da manhã estejam com o espaço arrumado para separação dos pedidos. Com os outros seis colaboradores, eu rodo duas máquinas, que é onde tenho maior demanda, por isso contamos com duas frentes de trabalho no período noturno.

  • Em termos de equipamentos, quais compõem a unidade de inox?

Vanderlei: Contamos com uma C4, que é uma máquina de corte de barras com precisão muito grande e muita rápida. É um dos equipamentos mais modernos para a função e, para o corte de chapas, temos TT4 lever (tesoura transversal), que nos auxilia no atendimento aos nossos clientes de elevadores, por exemplo, devido à planicidade próxima de zero, já que os materiais para elevadores precisam ter qualidade muito boa.  Temos quatro TTs (tesouras transversais), mas o nosso carro-chefe é a TT4.

Ricardo: Nós usamos os dois sistemas padrões da empresa, o IFS e o Power BI como softwares de gestão.

  • Qual é a quantidade de material que o setor trabalha mensalmente?

Vanderlei: Giramos aqui cerca de 2 mil toneladas por mês e estamos sempre dentro da meta e buscando melhorar cada vez mais. Prova disso, o nosso índice de devolução aqui é mínimo, cerca de 0,13.    

  •  Quais dicas vocês dariam para aqueles profissionais do setor?

Ricardo: Como é uma empresa que dá oportunidade e recursos para os funcionários, aconselho os profissionais a se prepararem porque as oportunidades surgem. Tem a universidade Açotubo (plataforma on-line de cursos para os colaboradores), que a gente recomenda. Eu entrei na empresa como auxiliar de produção e hoje estou na supervisão.

Vanderlei: A empresa proporciona oportunidades, só é preciso estar preparado.

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