Palavra do CEO: Óleo e Gás, Papel e Celulose e Agronegócio devem movimentar mercado do aço em 2025

Palavra do CEO com Bruno Bassi
14/03/2025 | Institucional

Por Bruno Bassi, CEO do Grupo Açotubo

Quando me perguntam quais são as projeções para 2025, é difícil trazer uma resposta exata por diversos fatores.

É começo de ano, muitas iniciativas estão em desenvolvimento e, como muitos sabem, o cenário do mercado siderúrgico passa por um momento emblemático. Movimentações políticas e econômicas, nacionais e internacionais, e a entrada de produtos importados são alguns dos fatores que têm trazido desafios às empresas do país, exigido novas diretrizes para os negócios, mudado o comportamento do mercado e influenciado a confiança de empresários. 

E em meio a esse contexto, no quesito produção, o Brasil teve crescimento recente. O relatório estatístico mensal do Instituto Aço Brasil, divulgado em janeiro, com dados referentes a 2024, mostra que a produção de aço bruto no País teve aumento de 5,3% no comparativo com 2023, alcançando 33.741 toneladas. No ano anterior, foram contabilizadas 32.030 toneladas. 

Apesar de estarmos no início do ano (vale reforçar novamente), pela ótica do mercado distribuidor de aço, é possível considerar alguns setores e segmentos da economia como estratégicos para o crescimento da atividade nos próximos meses.

Começando pelo agronegócio, mais especificamente pela área de máquinas e equipamentos agrícolas. Acredito que há uma expectativa de aumento no volume de negócios capitaneados pelas empresas que atuam na fabricação de equipamentos. Parte da perspectiva vem dos resultados recentes que mostram que o agro está voltando a se recuperar. 

O otimismo também passa pelo setor de Papel e Celulose diante dos empreendimentos grandes do ponto de vista de construção previstos para este ano, incluindo o desenvolvimento de novas fábricas. Projetos como o da Arauco, da CNBC e da Eldorado devem movimentar o país, assim como ocorreu nos anos de 2022 e 2023 com o da Suzano, que se tornou a maior papeleira do mundo.    

No segundo semestre, a projeção positiva vem da área de Óleo e Gás, com o avanço de projetos que envolvem todo o ecossistema da Petrobrás e outros saindo do plano orçamentário e começando a fase de negociação. São empreendimentos que geralmente exigem fornecimentos de médio a longo prazo, o que movimenta players do nosso setor.

Já no caso das siderúrgicas, a análise é um pouco diferente. A elevação de tarifas de importação de alguns países e a entrada no Brasil de um grande volume de produtos internacionais, o que tem influenciado a precificação de produtos, vão exigir que representantes do poder público e da indústria dialoguem, revejam ou reforcem mecanismos de mercado diante da competitividade. Enfim, tem muita coisa ainda para acontecer neste setor tão importante e concorrido.  

Voltando aos players que atuam na distribuição de aço, área de atuação da Açotubo, o ano será desafiador, mas com perspectivas de melhores resultados em comparação com 2024.

Luiz Aço

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