Nos últimos anos, o Grupo Açotubo está focado nos processos de Melhoria Contínua, aprimorando metodologias internas e buscando elevar ainda mais os níveis de satisfação dos colaboradores e dos clientes que têm envolvimento direto com as operações diárias do negócio. Exemplo disso foi a criação do projeto InovAço, que integra todos os setores da empresa, conforme divulgado aqui.
Outra iniciativa recente, os especialistas do Grupo estão implantando a Metodologia Kaizen, que visa facilitar a rotina das equipes e tornar alguns processos mais práticos.
O Analista de Melhoria Contínua do Grupo Açotubo, Carlos Eduardo Rocha, um dos responsáveis pelo projeto, explica como tem sido a aplicação na empresa. Confira:
Carlos: O Kaizen é uma filosofia e a prática de melhorar continuamente. O termo é derivado de duas palavras japonesas, onde Kai significa Mudar e Zen significa Melhor, e, em tradução livre no Brasil é popularmente difundido como Melhoria Contínua. Em complemento, o Kaizen está ainda mais relacionado às melhorias que são implementadas em curto espaço de tempo (ações incrementais) e que geram resultados de melhorias, sem investimento ou com baixo investimento.
O projeto Kaizen é destinado para toda a organização, sem exceção, pois não há nada tão bom que não possa ser melhorado.
Carlos: Podemos considerar que o primeiro Kaizen estruturado ocorreu na segunda quinzena deste ano, mais precisamente entre os dias 15 e 19 de janeiro de 2024. No primeiro momento, participaram 6 colaboradores, sendo 1 líder do projeto, Jeferson Costa, que também é líder da área produtiva, 1 operador, Lair Aparecido, que é responsável pelas execuções das atividades diárias no local do Kaizen e 3 convidados de áreas distintas, sendo o Rafael Pedro representando a área da Qualidade, o Lenaldo dos Santos representando a Manutenção, eu, Carlos Eduardo, representando a Melhoria Contínua) e o Cristiano Silva, líder da Melhoria Contínua e responsável por conduzir o método do Kaizen.
Os assuntos abordados foram relativos ao método estruturado, começando pela definição dos participantes e alinhamentos sobre o Kaizen, da capacitação da equipe no primeiro dia efetivo do projeto.
No segundo dia, foi abordado a compreensão do processo e das possibilidades de melhorias. No terceiro e quarto dia, foram abordadas as definições de ações e aplicações destas ações, aplicando inclusive conceitos aprendidos no treinamento, como diagrama de espaguete, SMED, Fluxo de Valor, dentre outros. E, no último, a validação e fechamento das ações implementadas, das que ficaram estabelecidas em planos de ações e, principalmente, do resultado obtido na semana do Kaizen.
Carlos: Melhorar continuamente todos os processos de forma gradual e consistente, além da promoção de uma nova cultura voltada para a melhoria contínua na organização.
Como dizia Albert Einstein “a mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original”, e isso se aplica perfeitamente ao Kaizen e aos efeitos pós-Kaizen.
Carlos: Iniciar o Kaizen sem rupturas, com a mente aberta para todas as possibilidades de melhorias e com a compreensão de que tudo pode ser melhorado, sem dúvidas foi um dos grandes pontos positivos.
O resultado também foi muito bem avaliado, onde iniciamos com um objetivo de melhorar o processo em 15% e o resultado foi de 20%.
Este resultado pode parecer pequeno se o olharmos de forma micro, mas se o multiplicarmos por um dia de atividades, ou uma semana, um mês e/ou até mesmo um ano, compreenderemos o quão satisfatório foi o resultado.
Neste Kaizen, especificamente, conseguimos reduzir o tempo de troca de ferramenta em 5 minutos para cada, mas o ganho no final de um ano representa 28 dias.
Carlos: Sim, temos um objetivo inicial de realizarmos 3 Kaizen por mês, 36 no ano e todas as áreas participarão.
As lideranças de todas as divisões informam os potenciais locais/processos a serem melhorados e o líder de melhoria contínua, juntamente com as lideranças e com a diretoria industrial definem quais serão priorizadas.